*por Leon Dische Becker e Eloise De Vylder
AFP/ UOL Notícias - http://tinyurl.com/35pfkdf
Cinquenta anos depois da prisão do criminoso de guerra nazista Adolf Eichmann pela Mossad israelense na Argentina, detalhes básicos de seus 15 anos como fugitivo continuam sendo segredo do governo. Os arquivos guardados pela agência de inteligência externa da Alemanha, a BND, continuam confidenciais até hoje - supostamente por motivos de segurança nacional. Um jornalista alemão entrou com um processo num tribunal federal pela divulgação dos arquivos.
Cinquenta anos se passaram desde a prisão de Adolf Eichmann, mas a agência de inteligência externa da Alemanha, a BND, ainda espera evitar a divulgação dos arquivos que detalham os movimentos do criminoso no pós-guerra. Um Tribunal Administrativo Federal em Leipzig está examinando quase 4.500 páginas de documentos secretos sobre Eichmann, um dos principais responsáveis pelos planos de Hitler para assassinar os judeus da Europa. O tribunal logo deve decidir se as justificativas do BND para manter os arquivos confidenciais ainda são aplicáveis e estão alinhadas com as leis de liberdade de informação do país.
O tribunal está usando procedimentos fechados "in curia" no qual os três juízes que consideram o caso são as única pessoas que têm acesso aos arquivos.
"O que é especialmente interessante é a grande quantidade de documentos que o governo está escondendo", diz o advogado Remo Clinger, cuja empresa de advocacia Geulen & Klinger está representando a jornalista Gabriele Weber em seu caso diante do tribunal de Leipzig.
De acordo com a documentação enviada ao tribunal, o BND afirma que o segredo é necessário porque boa parte da informação contida nos arquivos foi fornecida por um "serviço de inteligência estrangeiro" não revelado. Se a informação fosse divulgada, argumenta o BND, isso faria com que outras nações não queiram compartilhar informações de inteligência com a Alemanha no futuro. "Isso afetaria negativamente as cooperações futuras entre serviços de inteligência estrangeiros e as agência de segurança alemãs", argumentam os advogados do BND. O fato de que os arquivos são confidenciais levantou especulações consideráveis quanto à origem dos serviços de inteligência. O BND esclareceu que as informações não vieram de uma fonte norte-americana, e acredita-se amplamente que elas vieram da Mossad israelense, cujos agentes capturaram Eichmann em Buenos Aires em 1960. Em seguida ele foi levado a julgamento em Israel, onde foi condenado e enforcado.
Níveis até então desconhecidos de conluio
Uki Goñi, um proeminente jornalista argentino e especialista em fugitivos do pós-guerra nazista, tem um interesse especial pelos arquivos do BND e acha que as referências a um serviço de inteligência estrangeiro são uma desculpa para confundir. "Eles poderiam facilmente editar o nome do serviço de inteligência e o nome dos informantes", disse ele à "Spiegel Online". "Os arquivos revelariam níveis até então desconhecidos de conluio entre o governo alemão e os nazistas que fugiram do continente para escapar da justiça.
Em seu livro, "The Real Odessa", que descreve como o regime de Peron ajudou sistematicamente criminosos de guerra nazistas, Goñi documenta como esses criminosos viviam em liberdade em Buenos Aires. Membros do Serviço Exterior Alemão e nazistas visitavam os mesmos estabelecimentos e bebiam no mesmo bar. Os nazistas tampouco escondiam sua ideologia: "eles entravam e usavam sua saudação habitual", disse Goñi à "Spiegel Online". Eichmann não sentia necessidade de ficar na surdina naquela comunidade. A embaixada alemã em Buenos Aires deu a sua mulher e filhos passaportes com seus nomes verdadeiros, da mesma forma como haviam concedido um passaporte ao infame médico nazista Josef Mengele.
O advogado Reiner Geulen acredita que a informação mais explosiva contida nos arquivos está relacionada à fuga de Eichmann da Alemanha. "Ele estava bastante eloquente em Jerusalém - ele sabia que ia morrer de qualquer forma", disse Geulen. De acordo com Geulen, Eichmann explicou em grandes detalhes quem o ajudou a fugir da Alemanha e depois da Europa - informação em que os israelenses estavam muito interessados. "Há bons motivos para acreditar que ele recebeu ajuda de funcionários alemães, italianos e do Vaticano", diz ele.
"Chegou a hora de abrir os arquivos"
Um dos problemas foi a relutância bem documentada da Alemanha Ocidental em caçar criminosos de guerra nazistas. "Por que você acha que o promotor de Auschwitz e o promotor público de Frankfurt, Fritz Bauer, viajou para Israel para contar sobre o paradeiro de Eichmann em vez de contar para seu próprio governo?", pergunta Wilhem Dietl, ex-agente da BND e autor de um livro sobre o desaparecimento de Eichmann na Argentina. "Ele não confiava que os alemães quisessem encontrar Eichmann."
A biógrafa de Bauer, Irmtrud Wojak, concorda. Ela acredita que Bauer relutou em contar sobre o paradeiro de Eichmann para seu próprio governo por causa do número de ex-nazistas no governo. "Por fim, Werner Junkers, um ex-nazista, era o embaixador na Argentina", escreveu ela. Bauer temia que alguém no governo pudesse avisar Eichmann.
O filho de Adolf Eichmann, Ricardo Eichmann, um arqueólogo de Berlim que expressou repetidas vezes seu desgosto em relação ao pai, concorda com essa visão. "O que quer que esses arquivos digam", falou ele à "Spiegel Online", "chegou a hora de abri-los para avaliação acadêmica".
Reiner Geulen, da Geulen & Klinger, está confiante de que o julgamento em Leipzig terá resultados. "Nós imaginamos que muitos desses arquivos serão divulgados, embora eles possam ser fortemente editados", disse ele. A decisão deve sair em breve.
O jornalista Goñi, por sua vez, acredita que divulgar a informação fará com que a reputação da Alemanha melhore, e não que ela se suje. "O que quer que o serviço secreto alemão tenha feito nos anos 50 não deveria envergonhar ninguém hoje", diz ele. "A única coisa que deveria ser embaraçosa hoje é que eles estão tentando esconder essa informação."
Fonte: UOL Notícias
domingo, 25 de abril de 2010
sábado, 17 de abril de 2010
Sangue no verde-e-amarelo
Clóvis Rossi*
BRASÍLIA - Faz um mês, depois de visitar o Yad Vashem, o Museu do Holocausto, em Jerusalém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que "a visita deveria ser quase obrigatória para todos os que querem dirigir uma nação". Seria, achava Lula, um modo de entender o "que pode acontecer quando a irracionalidade toma conta do ser humano".
O que faz depois o governo brasileiro? Recomenda a Mahmoud Ahmadinejad, o presidente do Irã, que visite o Yad Vashem? Não, ao contrário. O ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), que, aliás, estava na visita ao museu de Jerusalém, entrega com um sorriso a camisa verde-e-amarela ao homem que nunca vai visitar o Yad Vashem, não só porque nega o Holocausto mas porque regularmente prega a "aniquilação" dos judeus.
É esse carinho absurdo o problema real das relações Brasil/Irã, e não a posição brasileira de preferir o diálogo às sanções para forçar o regime dos aiatolás a desenvolver um programa nuclear só para fins pacíficos.
Essa é matéria opinável. Tampouco é um problema o fato de Miguel Jorge e comitiva empresarial estarem em Teerã para fazer negócios. Desde sempre, países fazem negócios com quem lhes convêm, sem olhar minimamente para o caráter do regime com o qual negociam.
O que não é tolerável é fazer carinho em quem prende, tortura e mata os opositores, em quem limita brutalmente as liberdades públicas.
A Anistia Internacional divulgou faz pouco relatório em que aponta a execução de ao menos 112 pessoas no Irã nas oito semanas que se seguiram à reeleição de Ahmadinejad, vivamente contestada.
São mais de duas execuções por dia, quase o dobro da média dos seis meses anteriores à votação.
O gesto do governo brasileiro cobriu de sangue, pois, a camisa verde-e-amarela.
*Clóvis Rossi faz parte do Conselho Editorial da Folha de São Paulo
crossi@uol.com.br
BRASÍLIA - Faz um mês, depois de visitar o Yad Vashem, o Museu do Holocausto, em Jerusalém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que "a visita deveria ser quase obrigatória para todos os que querem dirigir uma nação". Seria, achava Lula, um modo de entender o "que pode acontecer quando a irracionalidade toma conta do ser humano".
O que faz depois o governo brasileiro? Recomenda a Mahmoud Ahmadinejad, o presidente do Irã, que visite o Yad Vashem? Não, ao contrário. O ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), que, aliás, estava na visita ao museu de Jerusalém, entrega com um sorriso a camisa verde-e-amarela ao homem que nunca vai visitar o Yad Vashem, não só porque nega o Holocausto mas porque regularmente prega a "aniquilação" dos judeus.
É esse carinho absurdo o problema real das relações Brasil/Irã, e não a posição brasileira de preferir o diálogo às sanções para forçar o regime dos aiatolás a desenvolver um programa nuclear só para fins pacíficos.
Essa é matéria opinável. Tampouco é um problema o fato de Miguel Jorge e comitiva empresarial estarem em Teerã para fazer negócios. Desde sempre, países fazem negócios com quem lhes convêm, sem olhar minimamente para o caráter do regime com o qual negociam.
O que não é tolerável é fazer carinho em quem prende, tortura e mata os opositores, em quem limita brutalmente as liberdades públicas.
A Anistia Internacional divulgou faz pouco relatório em que aponta a execução de ao menos 112 pessoas no Irã nas oito semanas que se seguiram à reeleição de Ahmadinejad, vivamente contestada.
São mais de duas execuções por dia, quase o dobro da média dos seis meses anteriores à votação.
O gesto do governo brasileiro cobriu de sangue, pois, a camisa verde-e-amarela.
*Clóvis Rossi faz parte do Conselho Editorial da Folha de São Paulo
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'Apoiar o Irã é dizer não à democracia'
Artigo do leitor Cesar de Oliveira Castro
A questão nuclear é realmente muito complexa, e o melhor caminho é analisar todos os lados para se ter uma posição certa e equilibrada. Um leitor escreveu sobre se curvar diante dos EUA, e comentou também sobre as tradições do Irã e o fato Israel ter armas nucleares. Tudo isso deve ser levado em conta, mas devemos lembrar que Israel nunca começou um conflito sem ter sido agredido, que os costumes do povo iraniano já não são tão bem aceitos por eles mesmos, e que o Brasil deve cuidar da sua opinião e não ser uma oposição sistemática dos EUA.
Nossa opinião vai ser sempre dada de uma forma diferente, pois não sofremos com os horrores do terrorismo. O Irã apóia o terrorismo abertamente ao tomar certas posições. É um país onde a liberdade de todas as formas foi extinta. Tem histórico de agredir sempre de várias formas o mundo ocidental. Apoiar o Irã é dizer não à democracia, é fechar os olhos a toda forma de desrespeito dos direitos humanos. Temos que manter relações comerciais com todas as nações, mas temos que ter o objetivo de sermos declaradamente a favor do mundo livre em que se respeite os direitos humanos.
Alguns acham que o Irã tem o direito de fazer armas, mas esquecem dos direitos que o governo do Irã desrespeita com seus cidadãos e com o resto do mundo. Se essa é sua opinião, paciência, mas deixar um país terrorista possuir armas nucleares é na minha opinião concordar que uma guerra nuclear possa começar a qualquer momento. É se esquecer que os iranianos são movidos pelo fanatismo em nome de sua religião e são passionais com relação ao Ocidente. Algumas facções crescem sendo ensinadas que nós, ocidentais, não somos filhos de Deus, logo nos matar não é pecado.
O governo tem que pensar muito, não com a cabeça do presidente, mas com alguém com conhecimento histórico e avaliar os dois lados da questão.
Este artigo foi escrito por um leitor do Globo
A questão nuclear é realmente muito complexa, e o melhor caminho é analisar todos os lados para se ter uma posição certa e equilibrada. Um leitor escreveu sobre se curvar diante dos EUA, e comentou também sobre as tradições do Irã e o fato Israel ter armas nucleares. Tudo isso deve ser levado em conta, mas devemos lembrar que Israel nunca começou um conflito sem ter sido agredido, que os costumes do povo iraniano já não são tão bem aceitos por eles mesmos, e que o Brasil deve cuidar da sua opinião e não ser uma oposição sistemática dos EUA.
Nossa opinião vai ser sempre dada de uma forma diferente, pois não sofremos com os horrores do terrorismo. O Irã apóia o terrorismo abertamente ao tomar certas posições. É um país onde a liberdade de todas as formas foi extinta. Tem histórico de agredir sempre de várias formas o mundo ocidental. Apoiar o Irã é dizer não à democracia, é fechar os olhos a toda forma de desrespeito dos direitos humanos. Temos que manter relações comerciais com todas as nações, mas temos que ter o objetivo de sermos declaradamente a favor do mundo livre em que se respeite os direitos humanos.
Alguns acham que o Irã tem o direito de fazer armas, mas esquecem dos direitos que o governo do Irã desrespeita com seus cidadãos e com o resto do mundo. Se essa é sua opinião, paciência, mas deixar um país terrorista possuir armas nucleares é na minha opinião concordar que uma guerra nuclear possa começar a qualquer momento. É se esquecer que os iranianos são movidos pelo fanatismo em nome de sua religião e são passionais com relação ao Ocidente. Algumas facções crescem sendo ensinadas que nós, ocidentais, não somos filhos de Deus, logo nos matar não é pecado.
O governo tem que pensar muito, não com a cabeça do presidente, mas com alguém com conhecimento histórico e avaliar os dois lados da questão.
Este artigo foi escrito por um leitor do Globo
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terça-feira, 13 de abril de 2010
7 Perguntas: A Infiel
Por Jenny Hazan
Dra. Wafa Sultan está tentando transformar o mundo Muçulmano. Uma entrevista exclusiva.
Dra. Wafa Sultan primeiro chegou às manchetes depois do 11- 9, quando ela falou contra os rumores gerados no mundo Islâmico de que os ataques tinham sido perpetrados por Judeus e pela CIA. Quatro anos e meio depois, ela provocou mais controvérsia quando apareceu na Al Jazeera, onde argumentou contra a teoria de Samuel P. Huntington do "choque de civilizações" entre o mundo Muçulmano e o mundo Ocidental, e pintou um quadro do conflito livre do relativismo cultural, como sendo o da modernidade contra o barbarismo. No ano passado, ela chamou atenção novamente com a publicação de sua biografia Um Deus que Odeia: a mulher corajosa que inflamou o mundo Muçulmano fala contra os males do Islã Radical (St. Martin's Press, 2009).
Em 2006, o nome da Dra. Sultan apareceu na Time Magazine como sendo uma das 100 pessoas mais influentes no mundo, por expressar abertamente suas críticas sobre o extremismo Islâmico, criticas essas raramente exibidas pelos Muçulmanos. Ela fez isto na primeira página do New York Times, e sua coleção de vídeos no YouTube já foi vista mais de um milhão de vezes.
Desde que a psiquiatra escapou da Síria, sua terra natal, para a Califórnia em 1989, ela fez disto o trabalho de sua vida para abrir os olhos do mundo Ocidental à realidade Islâmica, reeducar o mundo Muçulmano, e criar uma revolução Muçulmana moderada. Este trabalho tem custado sua terra natal, seu relacionamento com a maioria de sua família, sua segurança pessoal e a de sua família.
Tem sido uma luta solitária e muitas vezes aterrorizante. Mas a Dra. Sultan não olha para trás. Ela se orgulha de ter sido uma das primeiras a falar e criar mudanças em ambos os mundos Islâmico e Ocidental. Ela se conforta na convicção de que está lutando pela verdade, pela vida, e pela vitória do bem sobre o mal.
Em uma entrevista concedida por telefone a partir de um local secreto, ela revela por que, contra todas as probabilidades, está confiante de que ela e aqueles que pensam como ela, irão prevalecer.
P1. Por que e quando você deixou a Síria?
Eu acredito que se você der a chance a qualquer homem ou mulher Muçulmana de deixar o seu país, a maioria deles não vai rejeitar a oportunidade por causa da situação miserável em que vivemos em todos os países Islâmicos. Nossa situação é um produto de nossos ensinamentos Islâmicos, os quais somos forçados a seguir, e que não são humanos.
Para mim, o doloroso ponto em que tudo mudou aconteceu em 1979, quando os membros da Irmandade Muçulmana balearam meu professor na University of Alepo Medical School, bem na minha frente. Dr. Yusef al Yusef pertencia à mesma seita Islâmica do presidente Sírio. Enquanto eles atiravam nele, gritavam "Alá é grande!" Na época eu não imaginava que isso acabaria por levar-me a ser quem eu sou hoje, mas este fato me forçou a começar a me perguntar que tipo de Alá nós estamos adorando. Aquele que inspira os homens a matar.
É claro que o meu relato dos eventos tem sido refutado. Alguns dizem que isto não aconteceu no campus, alguns dizem que eu não estava lá para vê-lo. Outros dizem que isto sequer aconteceu. Esta é a única forma que essas pessoas conhecem de se defender. Eles nunca aprenderam como desafiar, logicamente, então quando algo vai contra eles, eles dizem que não é verdadeiro, ou que alguém fez isso, não eles. Esta é a mentalidade deles.
P2. Qual é o problema com o Islã?
Por muitos anos depois do assassinato de meu professor, eu lutei contra um profundo conflito psicológico sobre o que estava por trás do mal naquele dia – seria o próprio Islã ou más pessoas que se apossaram do Islã? Foi extremamente difícil para mim admitir onde o problema estava, mas eu cheguei à conclusão de que o problema está profundamente enraizado no Islã. Os muçulmanos são vítimas de sua própria religião, e não o contrário.
O mundo tem que entender que esta é a raiz do problema. É o Islã. Não é o Islã fundamentalista. Não é o Islã político. Não é o Islã de Wahhabi. Não é o Islã militante. Cresci na Síria, sem nunca ouvir nenhum desses termos. O problema é com o Islã em si. Ele é violento por natureza.
Se você deixar o Alcorão de lado por um momento e olhar a vida de Maomé, um modelo para todo homem Muçulmano, você vai saber o que eu quero dizer. Em uma história “heróica", o profeta decapita 80 homens Judeus, estupra suas mulheres e mata seus filhos e pais, na frente delas. Diga-me, como você pode interpretar essa história de uma forma humana? Alunos Islâmicos da terceira série vêm aprendendo esta história pelos últimos 1.400 anos.
O problema com o Islã é que lhe falta um código moral. Não há ética. A única responsabilidade que um Muçulmano tem é a de adorar Alá, nada, além disso. Os valores humanos mais importantes estão em falta aqui – se sentir responsável por suas más ações ou se arrepender de tê-las cometido. Se você não assumir a responsabilidade por suas más ações, o que mais resta para os seres humanos para construir uma boa vida?
Resulta que o problema nos países Islâmicos não é só com os nossos governos, não é só devido a pobreza e a carência de educação. Sociedades Islâmicas fundamentalmente carecem de ética. Este problema está profundamente enraizado no Islã. Uma vez que você seja capaz de resolver a parte religiosa do mesmo, a parte política será facilmente resolvida.
P3. Se o Islã é uma batalha contra o "infiel", porque os Judeus são mais frequentemente o foco do ataque Islâmico do que os cristãos?
Fomos educados para odiar, para acreditar que devemos apenas adorar Maomé e destruir todos os que não o adoram. Sofremos uma lavagem cerebral para acreditar que o Islã vai dominar o mundo. Nosso principal objetivo - que aprendemos em uma idade muito precoce - é destruir quem não crê no Islã, especialmente os Judeus.
Para responder por que os Judeus em particular, temos de voltar à vida de Maomé. Maomé ensinou que você tem que se manter matando Judeus até o dia do julgamento. Uma lenda conta que no dia do julgamento os Judeus vão tentar se esconder atrás de qualquer coisa que possam encontrar e tudo na terra - pedras, arbustos e colinas - irão sussurrar para os Muçulmanos os locais onde os Judeus estarão aos para que eles possam encontrá-los e matá-los. Todas as coisas que existem na terra, exceto por um certo tipo de árvore, que simpatiza com os Judeus e se recusa a dizer onde estão os seus esconderijos. Um Imã na televisão Árabe disse à sua audiência que essa é a razão pela qual os Judeus em Israel, plantam tantas árvores - para se esconder atrás delas no dia do julgamento.
Minha hipótese é que durante o tempo de Maomé, os Judeus eram mais teimosos para manter a sua religião do que os Cristãos. Os Judeus são descritos no Alcorão como mais hostis ao Islã do que Cristãos. Esta pode ser a razão deles serem o maior alvo Islâmico.
P4. Como você espera mudar os países Islâmicos?
Eu sou uma escritora bem conhecida no mundo Islâmico, onde estou em contacto com milhões de leitores através do meu site. Quando eu escrevo algo que no Ocidente parece muito básico, como porque não é bom mentir, é muito controverso porque eles nunca ouviram falar sobre isso antes.
Esta maneira de educação de valores básicos é a ferramenta número um. Estas pessoas têm sido prisioneiros nos últimos 1.400 anos. A única maneira de mudar as coisas é dar-lhes a oportunidade de serem educados e a liberdade de serem expostos à diferentes pensamentos para que eles possam chegar a suas próprias conclusões.
Por muitos anos, eu tenho criticado os ensinamentos Islâmicos e eu sinto que é como se eu tivesse criado um vácuo para os Muçulmanos no mundo Árabe. Agora estou numa fase onde eu estou construindo um sistema de valores para preencher esta lacuna. Quando você tira alguma coisa, você tem que substituí-la por outra coisa. Eu estou ensinando aos meus leitores valores éticos básicos: como dizer que sente muito se fizer algo errado, como dizer obrigado, por que não mentir, como para ser honesto com seus filhos e como tirar o ódio de seu modo de vida. Estou maravilhada com as respostas positivas de meus leitores.
Gostaria de ampliar meu impacto. Na semana passada recebi um email de um professor universitário do Marrocos, que está construindo um movimento civil contra o Islã com os seus alunos, e pediu-me para me juntar a eles, para inspirá-los.
Eu também tento dar o exemplo. É muito difícil pegar uma estrada ainda não percorrida. É da natureza humana procurar o caminho já percorrido. Mas não quando você toma o caminho não percorrido ele te leva para um lugar onde ninguém foi ainda. Nesta minha jornada tenho inspirado milhões de Muçulmanos. Não tenho dúvidas de que estou fazendo uma mudança positiva no mundo Muçulmano. Acredito que as sementes que estou plantando agora irão produzir grandes resultados daqui a três ou quatro gerações.
P5. Como você espera mudar os países ocidentais?
Quando comecei eu pensei que só precisava reeducar o meu povo no mundo Muçulmano para criar uma nova mentalidade, limpa de ódio. Mas depois que fui introduzida no Ocidente, eu, infelizmente, descobri que o Ocidente precisava ser reeducado, também.
Espero poder ajudar as pessoas no Ocidente a compreenderem a mentalidade Muçulmana. Eles jamais conseguirão derrotar o terrorismo Islâmico, a menos que primeiro entendam essa mentalidade. Você precisa entender os valores do seu inimigo, a fim de levar a melhor sobre eles. A guerra contra o terror tem de ser travada em uma frente ideológica, assim como a militar. O Islã como uma ideologia política, não foi contestada nos últimos 1.400 anos. O apaziguamento do Ocidente tem dado aos Muçulmanos a mensagem de que eles estão certos.
Eu digo com o coração partido, mas você está lutando contra alguém que está disposto a morrer para matar você, então o que você pode infligir a ele? O Ocidente fica com apenas duas opções – matá-los ou ser morto.
Já a situação na Europa é terrível. Eu não me sinto segura lá. Muçulmanos deixam os seus países à procura de uma mudança positiva no Ocidente, mas quando chegam lá, eles não se sentem pressionados a mudar. Eles estão jogando dois jogos: vivendo vidas ocidentais e dizendo ao Ocidente, que são "moderados" e a favor de mudanças, enquanto ao mesmo tempo contam ao seu povo em seus países uma história diferente. Em 50 anos, eu posso ver mais e mais Muçulmanos na Europa e nos EUA. E se nós perdemos o Ocidente - se perdermos a América - onde mais poderemos ir?
P6. Porque o mundo Ocidental está demorando a acordar?
Aqui no Ocidente, precisamos eleger pessoas que estejam dispostas a desafiar a Sharia Islâmica. Será necessário poder político para pará-la. E para que as pessoas saibam que tipo de líderes devem eleger, elas precisam ser educadas sobre o Islã.
Mas é mais do que apenas carência de educação ou de compreensão. Há também interesses conflitantes. O Ocidente precisa do petróleo Saudita e na cultura Islâmica, quando você precisa de mim, eu possuo você. Nos últimos 30 anos, os Sauditas têm procurado fortalecer o Islã no Ocidente, através dos Muçulmanos que vivem aqui. Agora, o governo Saudita está tentando parecer mais moderno e pacífico, mas os danos que causaram já está feito.
Em uma época, eles estavam oferecendo pagar $1.000 para qualquer Americano Muçulmano que acrescentasse "Mohamed" em seu nome. Esta era sua maneira de se infiltrar na sociedade Ocidental.
O rei Saudita também tem muito poder no mundo Islâmico para criar mudanças. Todos no mundo Muçulmano esperam para ver o que o governo Saudita vai fazer. E se não for de seu interesse, eles não fazem nada. Eles sabem que o Ocidente não pode forçá-los porque o Ocidente precisa de petróleo.
É uma situação muito assustadora. Ao mesmo tempo, eu vejo mais pessoas na América despertando. Tenho quase certeza de que o Ocidente vai vencer essa guerra ideológica. A questão é: a que custo? Quantas vidas terão de ser sacrificadas?
P7. Como sua vida mudou?
Minha vida mudou em muitos aspectos nos últimos 20 anos. Para começar, temos de nos mudar a cada seis meses. Eu tenho recebido mais ameaças de morte de mais lugares no mundo do que eu posso contar. Isto se tornou um modo de vida para mim. Não significa que eu não tenha medo, mas eu tento superar o meu medo e aprecio muito esse processo de superação.
Claro que eu nunca mais vou poder voltar para a Síria, ou ir a qualquer país Islâmico novamente. É devastador, porque muito da minha família está lá, meus amigos, e minhas lembranças de infância. Eu estaria mentindo se eu dissesse que isto não me afeta. É como quando você arrancar uma árvore do seu lugar, ela morre. Haverá sempre algo faltando dentro de mim e eu provavelmente vou sentir isto para o resto da minha vida.
Há outros aspectos psicológicos. Eu não me considero "limpa" ainda. Não é fácil se livrar de quem você é e do que lhe foi dito nos primeiros 5-10 anos de sua vida. Não tem sido fácil desfazer o dano que foi feito. Eu ainda estou trabalhando nisso. Viver nos Estados Unidos e estar exposta a diferentes sistemas de crenças e valores tem ajudado muito nesse processo. Eu também fui abençoada com um marido bom, que me apóia.
Eu não me converto porque não acredito em qualquer outra religião específica. No que eu acredito é que existe algum tipo de super poder e é para o bem. Quando eu chego a um ponto onde me pergunto, 'por que você fez isso?’ É a este poder que eu me sinto conectada. É esse tipo de fonte de energia positiva que me faz continuar. Ele me enche com a paixão e a força para continuar.
Tradução: Ivan Kelner
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sexta-feira, 2 de abril de 2010
Colecionador de Amizades
* Clara Ant
“Colecionador de amizades” foi a maneira escolhida pelo Presidente de Israel, Shimon Peres, para se referir ao Presidente Lula num dos quatro encontros em que esses dois adeptos da paz tiveram em menos de 24 horas, em Israel, entre 14 e 15 março. Além de Peres, o Primeiro-Ministro Benyamin Netanyahu, a líder da oposição Tzipi Livni, o Presidente do Parlamento, Reuven Rivlin, e a quase totalidade dos parlamentares israelenses receberam com satisfação a visita do Chefe de Estado brasileiro.
Essa recepção calorosa deveu-se, em grande medida, ao reconhecimento dos esforços brasileiros para dar novo impulso ao relacionamento bilateral. Apesar de o Brasil ter presidido, em 1947, a sessão da Assembléia Geral da ONU que consagrou a criação do Estado de Israel, os dois países estiveram muito distantes durante grande parte dos 62 anos de existência de Israel. Nos últimos sete anos, no entanto, o Brasil quis potencializar as relações com esse país amigo, investindo numa intensa e renovada agenda diplomática. Pelo menos dez Ministros brasileiros e oito israelenses cruzaram o Mediterrâneo e o Atlântico para fortalecer os laços entre os dois países, firmando acordos nas áreas de educação, meio ambiente, turismo, cultura, saúde, agricultura, defesa e ciência e tecnologia, entre outros.
Entre 2003-08, o intercâmbio comercial mais que triplicou , saltando de US$ 506 milhões para US$ 1,6 bilhão, fazendo do Brasil o principal parceiro comercial de Israel na América Latina. O Acordo de Livre Comércio entre MERCOSUL e Israel — primeiro do bloco sul-americano com um país de fora das Américas — alargará ainda mais esses horizontes promissores de negócios e de investimentos. O expressivo número de representantes do setor privado brasileiro, capitaneados pelo Presidente da FIESP, Paulo Skaf, no seminário empresarial em Jerusalém, confirma essa expectativa.
Como primeiro Presidente brasileiro a visitar Israel, Lula não só coroou essa bem sucedida parceria, mas também lançou as bases para novos e auspiciosos entendimentos. Numa especial deferência à comunidade judaica do Brasil, várias atividades contaram com a participação do Presidente da Confederação Israelita do Brasil, Cláudio Lottenberg, e do Presidente do Congresso Judaico Latino-Americano, Jack Terpins. A delegação também foi integrada pelo Governador da Bahia, Jaques Wagner, que depois seguiu para Palestina e Jordânia.
Além de uma relação construtiva entre Estados soberanos, interessa ao Brasil estreitar os vínculos entre nossas sociedades. Daí a programação ter incluído, além da agenda oficial, encontros com lideranças de organizações pacifistas e uma reunião com autoridades da Universidade Hebraica de Jerusalém, cujo Reitor virá em breve ao Brasil e declarou querer conhecer nessa ocasião as realizações do Plano de Desenvolvimento da Educação, o PDE.
Um dos pontos altos da viagem para toda a comitiva foi, sem dúvida, percorrer as instalações do novo Museu do Holocausto, de cujo acervo Lula guardava fortes recordações desde a visita que fizera a Israel em 1993. Tomado pelo sentimento de consternação, o Presidente brasileiro sugeriu que esse memorial às vítimas da irracionalidade humana deveria ser de conhecimento obrigatório para todos aqueles que queiram dirigir uma nação. No museu, depositou uma coroa de flores para todas as vítimas do extermínio nazista, repetindo o que fizera na entrada do Congresso em memória de todos os soldados israelenses mortos nos conflitos regionais.
Antes de se dirigir à Floresta das Nações para plantar uma oliveira, Lula ainda ouviu do Presidente do Conselho Deliberativo do Museu o pedido para que ajudasse a viabilizar um encontro entre ele, Rabino Israel Meir Lau, e o Presidente do Irã, Mahmud Ahmadinedjad, para que ambos – rabino e presidente do Irã - pudessem conversar sobre o extermínio ocorrido durante a II Guerra Mundial.
Em todos os eventos e encontros de que participamos, a busca dos caminhos para a paz na região foi um dos temas centrais, e o Presidente Lula reiterou a disposição do Brasil em ajudar no que for possível para que esse objetivo seja alcançado. Da mesma forma, defendeu enfaticamente a existência do Estado de Israel, soberano, seguro e pacífico convivendo, lado a lado, com um Estado Palestino, igualmente soberano, pacífico, seguro e viável.
É mais do que necessário que sejam dados passos resolutos e corajosos para superar décadas de conflito, ódio e dor. No Brasil, judeus e árabes (sejam muçulmanos ou cristãos) vivem em perfeita harmonia, ajudando a construir um país moderno, justo e desenvolvido. Essa convivência harmoniosa é fonte de inspiração para nossa política externa. É ela nossa maior credencial para cooperar na busca de alternativas para o processo de paz.
Esta é a mensagem de esperança e reconciliação que o Brasil tem levado aos povos do Oriente Médio. Ela marcou a viagem a Israel, Palestina e Jordânia, e marcará os passos seguintes.
Com as históricas visitas de Peres aqui, em novembro de 2009, e de Lula alí, agora em março, ganham todos: Israel, o Brasil e a paz no Oriente Médio.
* Clara Ant
Assessora especial do Presidente da República
clara.clara@ig.com.br
A partir da próxima sexta feira, 09 de abril, Clara Ant estará fora do governo para participar diretamente da campanha presidencial.
“Colecionador de amizades” foi a maneira escolhida pelo Presidente de Israel, Shimon Peres, para se referir ao Presidente Lula num dos quatro encontros em que esses dois adeptos da paz tiveram em menos de 24 horas, em Israel, entre 14 e 15 março. Além de Peres, o Primeiro-Ministro Benyamin Netanyahu, a líder da oposição Tzipi Livni, o Presidente do Parlamento, Reuven Rivlin, e a quase totalidade dos parlamentares israelenses receberam com satisfação a visita do Chefe de Estado brasileiro.
Essa recepção calorosa deveu-se, em grande medida, ao reconhecimento dos esforços brasileiros para dar novo impulso ao relacionamento bilateral. Apesar de o Brasil ter presidido, em 1947, a sessão da Assembléia Geral da ONU que consagrou a criação do Estado de Israel, os dois países estiveram muito distantes durante grande parte dos 62 anos de existência de Israel. Nos últimos sete anos, no entanto, o Brasil quis potencializar as relações com esse país amigo, investindo numa intensa e renovada agenda diplomática. Pelo menos dez Ministros brasileiros e oito israelenses cruzaram o Mediterrâneo e o Atlântico para fortalecer os laços entre os dois países, firmando acordos nas áreas de educação, meio ambiente, turismo, cultura, saúde, agricultura, defesa e ciência e tecnologia, entre outros.
Entre 2003-08, o intercâmbio comercial mais que triplicou , saltando de US$ 506 milhões para US$ 1,6 bilhão, fazendo do Brasil o principal parceiro comercial de Israel na América Latina. O Acordo de Livre Comércio entre MERCOSUL e Israel — primeiro do bloco sul-americano com um país de fora das Américas — alargará ainda mais esses horizontes promissores de negócios e de investimentos. O expressivo número de representantes do setor privado brasileiro, capitaneados pelo Presidente da FIESP, Paulo Skaf, no seminário empresarial em Jerusalém, confirma essa expectativa.
Como primeiro Presidente brasileiro a visitar Israel, Lula não só coroou essa bem sucedida parceria, mas também lançou as bases para novos e auspiciosos entendimentos. Numa especial deferência à comunidade judaica do Brasil, várias atividades contaram com a participação do Presidente da Confederação Israelita do Brasil, Cláudio Lottenberg, e do Presidente do Congresso Judaico Latino-Americano, Jack Terpins. A delegação também foi integrada pelo Governador da Bahia, Jaques Wagner, que depois seguiu para Palestina e Jordânia.
Além de uma relação construtiva entre Estados soberanos, interessa ao Brasil estreitar os vínculos entre nossas sociedades. Daí a programação ter incluído, além da agenda oficial, encontros com lideranças de organizações pacifistas e uma reunião com autoridades da Universidade Hebraica de Jerusalém, cujo Reitor virá em breve ao Brasil e declarou querer conhecer nessa ocasião as realizações do Plano de Desenvolvimento da Educação, o PDE.
Um dos pontos altos da viagem para toda a comitiva foi, sem dúvida, percorrer as instalações do novo Museu do Holocausto, de cujo acervo Lula guardava fortes recordações desde a visita que fizera a Israel em 1993. Tomado pelo sentimento de consternação, o Presidente brasileiro sugeriu que esse memorial às vítimas da irracionalidade humana deveria ser de conhecimento obrigatório para todos aqueles que queiram dirigir uma nação. No museu, depositou uma coroa de flores para todas as vítimas do extermínio nazista, repetindo o que fizera na entrada do Congresso em memória de todos os soldados israelenses mortos nos conflitos regionais.
Antes de se dirigir à Floresta das Nações para plantar uma oliveira, Lula ainda ouviu do Presidente do Conselho Deliberativo do Museu o pedido para que ajudasse a viabilizar um encontro entre ele, Rabino Israel Meir Lau, e o Presidente do Irã, Mahmud Ahmadinedjad, para que ambos – rabino e presidente do Irã - pudessem conversar sobre o extermínio ocorrido durante a II Guerra Mundial.
Em todos os eventos e encontros de que participamos, a busca dos caminhos para a paz na região foi um dos temas centrais, e o Presidente Lula reiterou a disposição do Brasil em ajudar no que for possível para que esse objetivo seja alcançado. Da mesma forma, defendeu enfaticamente a existência do Estado de Israel, soberano, seguro e pacífico convivendo, lado a lado, com um Estado Palestino, igualmente soberano, pacífico, seguro e viável.
É mais do que necessário que sejam dados passos resolutos e corajosos para superar décadas de conflito, ódio e dor. No Brasil, judeus e árabes (sejam muçulmanos ou cristãos) vivem em perfeita harmonia, ajudando a construir um país moderno, justo e desenvolvido. Essa convivência harmoniosa é fonte de inspiração para nossa política externa. É ela nossa maior credencial para cooperar na busca de alternativas para o processo de paz.
Esta é a mensagem de esperança e reconciliação que o Brasil tem levado aos povos do Oriente Médio. Ela marcou a viagem a Israel, Palestina e Jordânia, e marcará os passos seguintes.
Com as históricas visitas de Peres aqui, em novembro de 2009, e de Lula alí, agora em março, ganham todos: Israel, o Brasil e a paz no Oriente Médio.
* Clara Ant
Assessora especial do Presidente da República
clara.clara@ig.com.br
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